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a fina canção se não se pode perder a fina canção
a voz se parte mais pela falta de uso do que pelo músculo da entoação
ouve:
quando me deito longe de mim
mesmo quando me deito longe de mim
a melodia que nos trouxe
a melodia que fomos fazendo
acompanha-me à guitarra o esquecimento
ouve:
a ténue canção
se não pode desistir da sensível canção
mesmo quando me deito fora de mim
acompanha ao piano o pássaro assustado
o som perdido
que te posso nesta hora dizer
se te posso pedir
ouve:

5 comentários:

nd disse...

Bom dia,

O que te posso nesta hora dizer, se te posso pedir, ouve:
Fale mais, sempre mais de amor.
bjs.

un dress disse...

ouço: ba ta lhas

in_side disse...

não sei porque insitimos em deitar-nos fora de nós.
talvez seja a escolha do prazer maior...

Stella Nijinsky disse...

Oi R&V

Poema lindíssimo,
parece, como sempre,
fora do espaço e do tempo dos comuns mortais.

Stella

Anónimo disse...

(...)

Lemos de mais e escrevemos de mais,
e afastámo-nos de mais – pois o

preço era
muito alto para o que podíamos

pagar –
da alegria das línguas. Ficaram

estreitas
passagens entre frio e calor

e entre certo e errado
por onde entramos como num quarto

de pensão
com um nome suposto; e quanto a

tragédia, e mesmo quanto a drama moral,

foi o melhor que conseguimos. (...)



Manuel António Pina

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