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TAC








[ nasço de ti como te ser-me

eu que não sendo a mulher do circo era por acaso o produto duma vaga subtracção de aortas e válvulas

eu

extasiada estudiosa alheia a estores de pálpebras

assim maníaca de meias luas de repente sem contar a reconhecer a outra a balir a declinar assobios

lúbrica espantada teimosa apalavrada

dedicada a rasgar paredes para ouvir melhor - à unhada

a esticar-se à frente a todas as frentes para ver melhor

à cabeçada

traduzindo incógnitas à escala de carnes e planaltos eu ela

afogueada

a responder esfinges solitárias

candidata a rezar ( te
[ costurando nas sombra cestas e cachecóis de interminadas palavras

eu e eu

a accionar botões progressiva a insustentar costumadas mesuras ao verbo pensar ( take me

[ a esgaravatar
a prática milenar das ervas miúdas do efeito incógnito na vastidão dos cruzeiros na estrada forrada de lãs brancas bolas de nada

eu atravessando a garatujar

[ no meio das praças a fazer-me sem pejo às giestas a acender fornos a pesar demoradamente as

entradas a suplicar ( take meeeee e

a estrebuchar a sociologia contemporânea a aridez de plástico das teorias da literatura cada vez mais de mim alongada

aparatosamente debruçada na

epistemologia redonda do luar

ainda ao colo de bourdieu íntima de castells pela mão de roland barthes

[ inquietada e porém

ao seu colo a temer alturas a medir precipícios e colapsos
por via do curso de milagres mais aplicado do comprovativo textual e do

outro comprovativo que ignorava:

ela a outra a nascer a convite de si bamboleando gestualidades magnética e oriental

testemunha atónita da polissemia do instinto

do sinal inadiável de vida que se gera debaixo das camas parindo exigências a gesticular

onde
os pequenos monstros são afinal
um pacotinho policromático de infância de terrores decadentes de contos de fadas onde

os desígnios mais extraordinários se vestem do que anteriormente referi:

assim sintetizando a súmula dum caleidoscópio que não pára

[ a ser ela mulher no avesso sem duvidar da existência duma verdade final ela horizonte a requerer com urgência a incontornável visibilidade da marca


ela

a balir eus eólica esfumada a farejar o rumo transumante dos silêncios no rio queijo a esculpir-se da mão a sonhar ninhos na palha

a prescrever as mais bucólicas dúvidas à psicanálise

a reabrir escriturações tubinhos de sangues primordiais conservados em caixas

infantilmente inconclusivos cientificamente improváveis:

ali onde até bettelheim sorriria complacente e incrédulo desta branca de neve

espalmada

a marcar passo

a gaguejar níveis zero muitos níveis abaixo do mar a uivar penhascos vivos de marés no teu corpo prensada ( take take me

ela

inexistencial inestética a escorrer-se da coalhada das tardes
[ tão já nua conventual neste sair branco trânsico suave como a nascer da imaterialidade num claustro

duma cápsula imaginada

[ que branco mais branco não haja

[ referente enigmático à tipológica brancura que faz
cegar:










[ texto em des construção,

na mira duma

palavra [

4 comentários:

Rui disse...

Quem tivesse atentado nos espectadores e não no espectáculo, teria visto expressões de estupefacção e, sobretudo, de gozo. Teria visto uma outra rua, outras gentes, diferentes das de todos os outros dias.

ROSASIVENTOS disse...

sim rui :)

Unknown disse...

Não sei do que falais...
de que ruas...
de que gentes...
...
Antes de vos ler
[e ter devorado o que li]
pensei estar a ouvir-me...
... a mim...
[Beijo de um narcísico cansaço, que só a febre, ou a doença, explicaria...]

ROSASIVENTOS disse...

texto histórico

presente

iniciático

cansático

e

narcísico

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