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TAC de setembro (TAC janeiro TIC sem TAC


um verde verde claro multiexplosivo de folhas a febre tomando tudo balbuciando oxídrica
rasgado langor residual sempre mais e mais encostada nessa demarcação poliédrica adentrando - explosiva a parir
a carruagem final - da estação que só pára na eternidade


multiplicar coisas muito depressa tresmalhar-transumar
(sem margem de erro
caprinar-farejar-subir-pressentir no vento a precisa-equação-acertar
atravessar-chama ar r


(saber que havemos de protagonizar a floração irregular e a hibridez das florestas os sustentos amedrontados-alaranjados o suspiro-portátil dos medronhos
restos de reluzências fios e lianas aos soluços a crescer em altos de terra vagamente tácteis - take

((as vezes que dizemos eu a extrair eu eu eu de mim real eu nós nós e nós real - eu-me - take me




(desassombrados sulcos de fomes roendo as cenouras
pequeninas resilientes-cânticos nidificando em abóbadas de igreja-fragmentos mutações do discurso amoroso - pura crença de facto, ex-piações -


ai, doçuras de pedra ( por dentro eu de-leite eu de-coalho eu de-azeite eu-me-pão-parto fragmento puzzle o tal discurso que discorre autónomo de amoroso atónito de arenoso a soltar-se do autor - arrepiado-o-autor - sorridente-o-autor, eu de novo parto em-tu - em-tu


sorvo-curvo-éter-pasta atravessar rios existências de asa-avariada
gravidez de gazela-estrela-éter ai minha estrela pequenina e desdobrável - inocente mundo que des-pi que des-sei - que des-prendo


(e tanta-tanta biologia aprendida à custa de gritos rutilâncias-de-rio-signo-seco-de-água-ai (como me ensurdecias longamente ontem-hoje(take-me
à patada-golpe seco vermelho-sangues-elipse-tri-pas

eu imóvel irreversível santificado seja o teu nome-perfeito leito de carne vazia sagrada-vaca - eu real de nós-eu-

(rios e rios de peixe líquido deslizar-de-medo-líquido-medo-de-pedra-cego-
de-

-olhar





(amanhã acabo...) (ainda e sempre - numa

palavra,

31 comentários:

ROSASIVENTOS disse...

texto quase integralmente escrito em setembro passado,

abraço,

bom tempo a todos :)

Unknown disse...

amor?
ou
morte?
Esta lembrança de um setembro teu...
... lembranças de setembros
... lembranças
.
[Beijo, de janeiro...@]

Dalaila disse...

uma radiografia do quotidiano em gritos e vontades

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Texto explosivo , de gato bravo ou outro felino, lembrando muito a imagem inicial o pêlo dos gatos como os fotografou Susana Neves...
Gostei de parar e» multiplicar muito depressa tresmalhar transumar ...
Grato pela partilha , todo o texto é fortemente poético , vorazmente verbal , como gosto...
Cordialmente__________ JRMARTO

entredentes disse...

justo é trazer aqui a rosa do lobo

que poucos conhecem.

entredentes disse...

e talvez mesmo a hora do lobo?

Stella Nijinsky disse...

Olá R&V

Um texto que mistura o humano e o animal, o equilíbrio da natureza com uma certa visão caótica.

Sem chegar ao caos, vamo-lo adiando, esperamos q não nos apanhe.

Beijo

Stella

Alberto Oliveira disse...

... tenho de confessar que me perdi.

nesta tua floresta de vida a que poucos citadinos têm acesso e...

também volto amanhã, assim o passe social dê para esta zona. E sou eu agora que me pergunto: porque me fizeram tão comum e com uma bússola assim desnorteada?

Beijos, abraços e os sorrisos do costume.

luis lourenço disse...

querida priminha!

belíssimo o teu texto...tecido multicolor do silêncio em que surpreendes solitária...no rio de todas as procuras...bem queres iluminar o caos, mas ele resiste sob a forma de Um silêncio que tu só vences na crista da onda...

bjinhos pra ti.

Véu de Maya.

Manuel Veiga disse...

envolvente escrita a tua. repleta de sugestões e leituras. várias.

gosto. decididamente...

beijos

Arábica disse...

Desassombrados sulcos de fomes




roendo canticos.



Liquidas pedras de morte.



E a água a sorver a vida.


Medo.



Um beijo, bom fim de semana :)

ROSASIVENTOS disse...

o teu sent ir tão...

in-teiro :)

( obrigada a ti, arabica,

e a todos os que

tiveram tempo

de ler e

tra-duzir cada letra

d-entro de si,



*

vida de vidro disse...

Take me para esse labirinto das tuas palavras. Onde as saboreio e tento encontrar a saída. Take me. **

ROSASIVENTOS disse...

i´d take you if i knew,

if i

was able to know

what´s hidden though

it doesn´t matter (too much

thanks :)

L.Reis disse...

às vezes são precisos outros sentidos...para poder ler...

ROSASIVENTOS disse...

sim, e tu sempre me mostras isso

(algo mais do que quis dizer :)

Ad astra disse...

quando ler tambem é descobrir, decifrar
quando
ler é sentir

Laura Ferreira disse...

ufa... GOSTEI!!!!!!

Unknown disse...

Desa----ssombradamente...

escuto
olho...
percebo...
o teu + o meu...quotidiano.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ROSASIVENTOS disse...

sim des--sas--sombro ven_to

)de-s-men-ta-te-

(take--take tu


.

Justine disse...

Encosto-me às tuas ravinas, perco-me nos teus caminhos e fico, apenas, a ouvir o saxofone, o som dos deuses!

observatory disse...

a srª deste lugar?

Arábica disse...

Onde está o espaço em torno do saxofone? sem espaço o som abafa

a melodia


intemporal

dos céus recortados a monte de ti.




Beijo, uma boa semana

Arábica disse...

Convoco as RosasosVentoseoSaxofone.



Convoco e deixo um abraço :)

Arábica disse...

Nick Cave tambem convoca :)

tufa tau disse...

amanhã (re)começas


um beijo meu

vieira calado disse...

Uma muito curiosa maneira de explanar poesia!

Cumprimentos meus

lupuscanissignatus disse...

cl.
aves

á

solta



[esse saxe

invoca

mark sandman?]

shh disse...

A sorte de saber organizar as letras em palavras que merecem ser lidas não é sempre sorte... às vezes, significa que, quem o sabe, sabe demasiado e sente mais do que seria desejado. Isso é azar.

ROSASIVENTOS disse...

tudo é azar pra os azaráveis





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