onde neve leio cor
onde névoa solidão
onde boca gelo palavra
onde abeto leio aberto
(ou alberto sem semântica)
(na língua se enrola o mar?)
onde te ouço janela
traduzo poema como bolo de maçã
sou essa porta solar
e aos animais de veludo
aos satélites sem rota
abro as mãos de vento e rosas
de par em par
foto de Carla Salgueiro aromas
22 comentários:
é mesmo preciso ser infeliz para escrever?
é mesmo condição??!
Queridos amigos,
Hoje me encontro quase feliz, sabendo que tenho amor
e sou amada, amanhã ou mesmo depois, a felicidade será
maior, é sempre assim quando nos encontramos.
Confesso que hoje estou vivendo, e desejo
que o tempo não passe jamais, só até amanhã ou o próximo
encontro e nunca mais.
Adoro viver assim, amando e sendo amada e em meu corpo
a sede saciada.
abs
Oi R&V
Se tu soubesses tudo aquilo que sinto que há em ti...
um dos primeiros poemas que escrevi te dedico,
começava com estas palavras simples
mas não fúteis
amor cheia de amor
tu és
Un-dress, nem sempre, mas ajuda, porque acaba por ser uma necessidade da alma solitária
Também tem a ver com a personalidade de cada um e com o tipo de escrita.
Um beijo enorme, muito muito muito grande para as duas.
Stella
nossatélites sem rota, cabemos todos
nos satélites
muito belo. um beijo.
belo debelo...com as mãos em par...batam palmas...abram as portas
Rosas de Facas e Facas de Rosas
AS ROSAS SÃO ASSIM
BELAS MESMO QUANDO SANGRAM
Apareça sempre
Hà dias assim...de mãos abertas
Beijos
na língua se constrói o poema. pela criação de sentidos. pela beleza (re)inventada.
Ser porta solar com mãos de vento e rosas não é para todos.
Escrever como tu é para muito poucos.
Obrigada pelo perfume a roas deste poema trazido pela brisa do vento sul...!
Abraço
CSD
de tróia me enigmo
Primavera
rosaiventos, gostei, mas mesmo muito, muito, das palavras deste post, poema.
um beijo
Para sentir.
... não vem nada a propósito mas
".... manchou a alva folha de papel onde se descreve tão matinal cena conjugal."
escreves como pétalas e água, e é o que
me ocorre.
tradutores de poemas sempre sentem dor da forma mais gostosa.
Genética da palavra...
que construção magnífica deste teu poema! Fabuloso!
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