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o aumento no tamanho dos dias
já não há céu por trás dos prédios altos
que luz sobra
que posso ainda fazer antes que tudo se apague
que se pode conseguir para atrasar o lume das sombras
há um momento em que o amor cega
– e em que nada se pode fazer e tudo é impossivelmente possível,
em que tudo se faz
o instante em que os braços deixam de ser nossos e os músculos seus obedecerão à cabeça cortada da cobra da loucura
e não restará mais do que o menos
mais do que a luz da noite profunda do teu corpo
mais do que o eterno brilho queimado do erro
da oração
da impossibilidade da fuga ao dia seguinte
do inferno da fuga sem descanso ao mesmo espaço para sempre sem as cores dos teus olhos
pergunta sem sentido no destino que já é tarde
(já aguardei o silêncio que chegasse para a aula
já escutei a tua voz)
que posso fazer para te não raptar

8 comentários:

Dalaila disse...

rapto-te os meus pensamentos e sinto-te

Joana Roque Lino disse...

este teu poema é muito bonito.

Rui disse...

Tardou a resposta. Deu-se o rapto.

Vitor disse...

olha a foto de uma planta conhecida por "amor de mulher".... rsrsrsrs

un dress disse...

há todos os momentos em que o amor cega

e porém falo quando a cegueira se faz cega de si

se apaixona por si

por ti ?

[ e há todos

...todos...

Andreia disse...

Rapta! Sem hesitações :)

Maria Laura disse...

É difícil atrasar o lume das sombras. E o amor cega. Sempre que é amor.

Claudia Sousa Dias disse...

POdia ser de HH...

...mas é teu!


Parabéns!

beijinho


CSD

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