pousando o saxofone,
a urgência sente o homem sente em dizer amo-te;
ou amor meu;
a necessidade de olhos fechados
a música escolhe lábio que a sopre,
repete o pensamento repegando o saxofone,
o corpo dela adormecido entre lençois:
um conjunto de melodias perdidas no quarto suspenso de que servem?
que eco e para quem?
o que irradia deste sopro amplificando que sopros de outros?
a facilidade entrega ao homem entrega o saxofone à mínima hipótese de um dueto,
uma mão pequena que lhe guie momentaneamente o solo
porque nos sujeitamos à mais terrível das danças?
porque nos sujeitamos à mais dolorosa das imagens cegas?
porque alimentamos a vozes que nos chamam?
porque nos lançamos no fogo errado?porque assobiamos músicas impossíveis?
porque oferecemos a cobra aos dentes?
porque carregamos o saxofone?
porquê a oração?
porque nos sujeitamos à mais terrível das questões?
a facilidade com o homem sopra no saxofone a melodia mais amorosa
para sempre
a urgência
a necessidade vital de o fazer
e depois sair para tomar café e comer torradas
8 comentários:
e lembrar
lembrar sempre
de tanto
tanto
querer
esquecer
..
Porque não seguimos o caminho das coisas simples, porém urgentes?
ah! mas o amor é bicho de 7 cabeças. se ele sobre bem e sai armonia graciosa, não posso duvidar. mas nas cordas ele rebenta e desafina muitas vezes.
cantar junto a ele não é tarefa facil. um dia já me falaram que basta sentir, só que até, apenas, senti-lo é complicado.
Espalhar colcheias por aí.
demasiado
hum... terrível...
... hipotético...?
urgente!!!
porque escutamos tantas vezes a letra da mesma canção?
porque repetimos sempre os mesmos gestos ao acordar?
porque temos tanta dificuldade em dizer não?
questões que não me impedem de ir à rua passear o cão...
Café com torradas. Bela ideia.
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