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mil modos têm os dias de anoitecer. e há uma espécie de mecânica




para encontrar um termo engenheiro




há uma espécie de engenho sob os passos que se tomam da luz à sombra




e esse mecanismo é de relativa fácil montagem inconsciente e sub-reptícia instalação




e não é ironia




ou




o quê







assim: todos procuramos um sentido




pensamos nós que o escolhemos




que é o modo mais lógico de continuarmos perdidos




quando saio pela manhã de casa vou tentar cumprir um destino




que não interessa para nada




mesmo nada




porque está errado




não é importante a música o teatro a dança a pintura a poesia a escrita




mas: pergunta: como faço para voltar atrás?




como faço para voltar atrás sem morrer?




ou: como emendo o passo?




como emendo o caminho sem ter que morrer?




e morre-se por falta de companhia nesse trajecto.




simples.




não é ausência a água ou o pão.




mas a companhia.




simples.




e no momento que agora sou como destino não posso errar.




ausência por ausência parece-me que esta é familiar.




simples




o amor parece ser importante.




o amor amplificado.




nada mais.




4 comentários:

Joana Roque Lino disse...

não há que querer voltar atrás. apenas andar em frente. é aqui e lá à frente que está o caminho e sim, podemos sempre (quase sempre) emendar. às vezes quando te leio pareces eu a pensar (mas tu escreves com muita criatividade ;)... e amor... sem ele não somos ninguém! seja por outrem, seja pelo Todo, seja por uma pedra. um beijo.

~pi disse...

inverter o sentido e perceber que não se morre,

antes todos pasmam e a seguir vem o momento da correspondência da vida e da verdade: aquele

em que

ser, é.

em que amar é permanecer

cozinhar plantar talvez uma vez... escrever...

ámen ~~

entredentes disse...

não há mais nada!

Anónimo disse...

o megafone do amor!!

se nem ao amor próprio chegamos...

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