era a pesquisa minuciosa de um nome inteiro
pelo que te peço que sejas agora por exemplo
a casa de rosas
absorta na vegetação a balançar
brota da terra cresce como as sagradas plantas
sorve-se do vento liquidamente exacto
e as arestas se arredondam da cálida corrente:
pressente agora te peço fareja as folhas
segura a corda doma a raíz derrete o som
aperta o peito
aprende o canto
inverte a carne
e despe-te fruto em vermelhas febres
antes que o vinho azede e seja tarde
.
12 comentários:
a pesquisa minuciosa de um nome
será ainda possível neste tempo e neste espaço?
Ergui-me ao vento na tua procura
Fundi um abraço com o sol da tua ternura
Modelei o amor com as palavras mais belas
Curso de errante espírito na tua procura
Porque o pensamento é voo de milhafre
Aprisionado em gaiola de palavras
O infinito e o incomensurável
Volto ao encontro das tuas profundas mágoas
Bom fim de semana
Visceral desejo de raízes e viagem...
Um poema com o aroma da terra e da criação do que é palpável, concreto. Belo, sempre.
Vim por esses caminhos virtuais.
Aqui me detive. A ler-te. Gostei muito.
Um beijo.
Oi R&V
Faço minhas as palavras da Licínia acima,
Dizes coisas fortes com um aroma suave,
Vejo essa casa cheia de coisas,
parada no tempo, absorta na vegetação,
a balançar,
à espera que lhe dêm destino.
Stella
Gostei imenso deste poema
Beijinho
deu até pra sentir o vento, o calor, o cheiro, o sabor...
adorei!
:)
adorei as fotos também
beijos.
... já lhe tinham pedido muitas coisas. A todos -com maior ou menor disponibilidade, tinha respondido positivamente. "Para ser uma casa das rosas" nunca lhe tinham pedido e por isso dirigiu-se à florista mais próxima que devia perceber do assunto. À pergunta "Com que material se constrói o telhado de uma casa de rosas?" a florista respondeu "Com pétalas das mesmas." Na casa de materiais de construção, perguntou se tinham "pétalas das mesmas" para telhado de uma casa das rosas. Pediram-lhe um momento. Três momentos depois, chegou uma ambulância que o levou para o Júlio de Matos.
subterrâneos de renascer
antes fruto que carne...
antes
antes que
a go ra
.
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