apesar de sabido o ciclo da fogueira,
da queimadura à cicatriz,
recomeçamos sempre e com um beijo:
é impossível que a pele se não queira estalar:
ao olhar-te o olhar
ao olhar-te o cabelo
ao olhar-te o lábio tão próximo que não se perceba a não ser de olhos fechados a arder;
a fogueira sabe que à cinza a nossa mão ateará sempre a temível flor do incêndio,
bastando-lhe aguardar pelo regresso do concerto
e o lábio cortado pelo sopro
11 comentários:
Rosas Com vento. lá.
urgente dar um coice no destino.
beijo, bom dia :)
:
fechar os olhos
abrir
a
flor
lilás
dé
adormeceCer
aguardar!?
arder!
Muito expressivas essas imagens mentais. Impossivel não se deixar levar, linha a linha, imagem a imagem...como se estivessemos diante de um écran.
É isso ai.
Bjs
Fogo nas palavras, nas cores. Olhos fechados a arder. Sim.
sinto o teu dedo passar pelos meus lábios
não o vejo, sinto-o apenas
ainda
sinto o calor da tua pele passar para a minha boca
não o tenho, sinto-o apenas
ainda
sinto o fogo do teu beijo tocar a minha língua
não a tenho, sinto-a apenas
ainda
sinto os teus olhos comerem o meu desejo
não os tenho, sinto-os apenas
ainda
sinto o meu corpo reclamar a presença do teu
não o tenho, sinto-o apenas
ainda
escreves muito bem, rosasiventos. um beijinho.
...recomeço...se me prometeres que são assim...
todos os recomeços...
Ai... ***
poema mais do avesso, como achar-se num beijo...
beijo!
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